Não há limites para a vaidade. Muitas mulheres seguem a mesma tendência, agora com os seios volumosos. As técnicas estão mais avançadas e as próteses, mais seguras. Há menos contra indicações.
Depois da barriga de tanquinho, agora é a vez de as brasileiras quererem mudar os seios, mesmo com todos os riscos que uma cirurgia envolve. Por isso, quando se trata de cirurgia estética, é sempre bom pensar muito e conversar com vários médicos antes de decidir.
Por causa de uma inflamação, a analista de clientes Maria José Verdile recebeu uma indicação médica para fazer a operação. “Foi necessária a cirurgia, mas eu tive um ganho muito grande com isso, tanto pela correção quanto pela estética”, disse a analista.
Para a estudante Ligia Rangel, nada grave. A silhueta, segundo ela, merecia mais volume nos seios. “Eu olhava no espelho, e as roupas não caiam bem”, conta a jovem.
Com o implante, Lígia ficou mais confiante. “Você se sente mais completa, mais feliz e mais bonita”, afirma.
Muitas mulheres seguem a mesma tendência: seios volumosos ou simplesmente menores, mais proporcionais ao resto do corpo. Em quatro anos, o numero de cirurgias de implantes ultrapassou o de lipoaspirações no Brasil.
Como toda cirurgia, a plástica é uma operação radical, sujeita a riscos e imprevistos. Mas isso não afasta as pacientes que querem se aproximar do padrão de beleza que está mais na moda. O foco das atenções já foi a barriga. Por isso, até pouco tempo eram as lipoaspirações que reinavam nas clínicas estéticas.
“Quando você vai em uma academia, é mais fácil você definir o abdômen e as costas. Já o seio, não tem como aumentar”, acredita a farmacêutica Beatriz Bismara.
“A gente vê na academia e nas ruas, as mulheres com seio bonito”, comenta a advogada Carla Kaizer. “Se eu pudesse escolher qual das duas optaria, acho que colocaria um silicone também”, confessa outra mulher.
A beleza, no entanto, tem seu limite. Os médicos se preocupam quando a expectativa é exagerada.
“A paciente já vem com um numero na cabeça e fala que uma amiga colocou 350 mililitros e que também queria colocar, porque ficou muito bonito”, afirma o cirurgião plástico Lecy Marcondes Cabral.
A psicanalista Dorli Kamkhagi diz que as mulheres estão fazendo das cirurgias um hábito para melhorar a autoestima.
“Está existindo um exagero, um abuso. Tem que ser visto o que faz bem para essa mulher. Todo mundo quer estar bonito. Isso é saúde, é querer buscar uma coisa boa, mas não para essa pessoa está adoecendo”, avalia a psicanalista.