A Aracruz, uma das maiores produtoras de papel e polpa do Brasil, anunciou ontem um prejuízo líquido de R$ 4,19 bilhões (US$ 1,8 bilhão) em 2008 depois que suas apostas em futuros cambiais foram muito mal.
O grupo foi o pior afetado de várias grandes empresas brasileiras que apostaram na contínua valorização da moeda brasileira durante 2008, antes de ela sofrer uma aguda desvalorização causada pela crise econômica global.
A Sadia, um dos maiores produtores brasileiros de carnes processadas, deveria divulgar seus resultados depois do fechamento dos mercados ontem. Analistas esperavam um prejuízo no quarto trimestre de até R$ 2,8 bilhões, também causado basicamente por apostar no lado errado das taxas de câmbio.
Os grandes exportadores brasileiros têm protegido seus rendimentos em dólares (hedging) há vários anos. A moeda brasileira, o real, avançou de R$ 3,95 por dólar em outubro de 2002 para R$ 1,56 em julho do ano passado.
Mas várias empresas começaram a ver esses hedges como uma fonte de lucros extra e assumiram contratos além de suas receitas de exportações. Quando o real subitamente se desvalorizou no segundo semestre do ano passado - alcançou R$ 2,42 por dólar no início deste mês antes de se recuperar para cerca de R$ 2,24 esta semana -, essas companhias sofreram perdas enormes.
O prejuízo da Aracruz no quarto trimestre foi de R$ 2,98 bilhões, depois que reconheceu prejuízos em dólares de US$ 2,13 bilhões causados por seus hedges cambiais. Ela disse que tinha renegociado sua dívida, mais dívidas adicionais de US$ 500 milhões, com um consórcio de bancos e pagaria o total nos próximos sete a nove anos com uma taxa de juros média da taxa interbancos oferecida em Londres, ou Libor, mais 4,6 pontos percentuais por ano.
A Aracruz já estava em negociações sobre uma possível transferência de controle para a Votorantim Celulose e Papel (VCP) antes de anunciar seus prejuízos com derivativos. Seus acionistas controladores posteriormente concordaram com a venda de 56% da empresa para VCP por R$ 5,4 bilhões, deixando a VCP com 84% da companhia. O BNDES, banco de desenvolvimento estatal brasileiro, hoje possui cerca de 47% da Aracruz através de sua participação na VCP.
A Sadia admitiu prejuízos de R$ 760 milhões em hedges cambiais no ano passado. As perdas foram suficientes para obrigá-la a buscar capital de investidores e a reiniciar conversações com a Perdigão - hoje sua maior rival - sobre uma possível fusão.
O grupo foi o pior afetado de várias grandes empresas brasileiras que apostaram na contínua valorização da moeda brasileira durante 2008, antes de ela sofrer uma aguda desvalorização causada pela crise econômica global.
A Sadia, um dos maiores produtores brasileiros de carnes processadas, deveria divulgar seus resultados depois do fechamento dos mercados ontem. Analistas esperavam um prejuízo no quarto trimestre de até R$ 2,8 bilhões, também causado basicamente por apostar no lado errado das taxas de câmbio.
Os grandes exportadores brasileiros têm protegido seus rendimentos em dólares (hedging) há vários anos. A moeda brasileira, o real, avançou de R$ 3,95 por dólar em outubro de 2002 para R$ 1,56 em julho do ano passado.
Mas várias empresas começaram a ver esses hedges como uma fonte de lucros extra e assumiram contratos além de suas receitas de exportações. Quando o real subitamente se desvalorizou no segundo semestre do ano passado - alcançou R$ 2,42 por dólar no início deste mês antes de se recuperar para cerca de R$ 2,24 esta semana -, essas companhias sofreram perdas enormes.
O prejuízo da Aracruz no quarto trimestre foi de R$ 2,98 bilhões, depois que reconheceu prejuízos em dólares de US$ 2,13 bilhões causados por seus hedges cambiais. Ela disse que tinha renegociado sua dívida, mais dívidas adicionais de US$ 500 milhões, com um consórcio de bancos e pagaria o total nos próximos sete a nove anos com uma taxa de juros média da taxa interbancos oferecida em Londres, ou Libor, mais 4,6 pontos percentuais por ano.
A Aracruz já estava em negociações sobre uma possível transferência de controle para a Votorantim Celulose e Papel (VCP) antes de anunciar seus prejuízos com derivativos. Seus acionistas controladores posteriormente concordaram com a venda de 56% da empresa para VCP por R$ 5,4 bilhões, deixando a VCP com 84% da companhia. O BNDES, banco de desenvolvimento estatal brasileiro, hoje possui cerca de 47% da Aracruz através de sua participação na VCP.
A Sadia admitiu prejuízos de R$ 760 milhões em hedges cambiais no ano passado. As perdas foram suficientes para obrigá-la a buscar capital de investidores e a reiniciar conversações com a Perdigão - hoje sua maior rival - sobre uma possível fusão.
A Sadia emitiu uma declaração este mês dizendo que estava conversando com a Perdigão sobre uma fusão, mas a Perdigão disse que as conversações haviam terminado sem um acordo